O deputado Francisco Canindé Lopes, da Escola Estadual Professor Paulo Freire, de Baía Formosa, se mostrou preocupado com o índice de evasão escolar em sua cidade. Ele disse que devido à falta de estímulo para continuar os estudos, muitos jovens deixam a escola em busca de um trabalho. Levar a vida como pescador e tentar emprego nas usinas da região tem sido as principais opções.

            “Uma pesquisa da Unesco mostra essa realidade preocupante, de evasão escolar entre os jovens. E é preciso melhorar várias coisas na escola. O ensino não acontece sem professor, sem boas condições na sala de aula”, disse.

            O colega Gustavo Henrique Pereira da Silva, da mesma escola, disse que a melhoria do ensino não passa somente pela compra de livros didáticos, mas envolve questões mais amplas como a valorização do professor e a efetivação do plano de cargos e salários da categoria. O parlamentar apresentou projeto para compra e instalação de um ar-condicionado para sua escola.

            A falta de segurança também foi abordada em plenário. Clélia Moreira de Macedo, da Escola Estadual Edgar Barbosa disse que a falta de vigilante em algumas escolas prejudica tanto a integridade física dos alunos, quanto a própria unidade de ensino. “Nos deparamos com muitos problemas. E não falo somente de assalto a celulares, mas até da nossa própria vida que está em risco”, disse.

            A deputada Márcia Maia (PSB) autora do projeto de resolução que criou o Parlamento Jovem, estimulou os jovens parlamentares a expor seu ponto de vista durante o exercício do mandato e trabalharem em convergência pelo bem geral do RN: “É importante que todos falem, porque cada um tem sua vivência e conhecimento da sua realidade, mas o importante é trabalharmos para melhorar a situação das escolas no RN. Também é importante escutar as pessoas, porque o bom parlamentar sabe ouvir, para traduzir o sentimento de quem está lá na base”.