O deputado Kelps Lima (SOLIDARIEDADE) fez críticas ao atual sistema de transporte público da Região Metropolitana de Natal e sugeriu ao próximo governador do Estado, Robinson Faria que tome as providências necessárias para facilitar a vida dos usuários do transporte coletivo. O parlamentar também falou sobre os problemas de mobilidade urbana enfrentados pela população, em virtude da grande quantidade de veículos circulando nas vias. “São graves os problemas de transporte na Região Metropolitana de Natal. O que existe é uma total ausência de uma política de unificação de sistema entre os municípios da Grande Natal”, afirmou.

De acordo com Kelps Lima, cerca de 65% das pessoas que moram nas cidades vizinhas se deslocam para Natal todos os dias e que 85% de todas as vias estão ocupadas por carros. “Quem anda de ônibus é muito mais maltratado pelo poder público do que quem anda de carro. Há uma inversão da lógica da mobilidade. O órgão responsável pelo transporte público, o DER, está com o setor destinado a esse assunto sucateado. Não há uma política de unificação”, declarou.

O parlamentar destacou que não existe um consórcio entre os municípios da Região metropolitana e que os moradores de algumas cidades vizinhas estão sofrendo as consequências. “Muita gente não tem como vir a Natal. Pitangui, por exemplo, é uma praia que está murchando porque as pessoas não têm oportunidade de trabalho lá e não têm como pegar ônibus para Natal. Em Genipabu também não tem transporte público para a capital. O Estado tem que fornecer transporte. Essas comunidades estão ilhadas”, declarou.  

Para Kelps, a solução seria criar um sistema unificado de transporte, fazendo com que a população pague apenas uma tarifa e tenha um só bilhete. “As cidades estão inseridas uma nas outras. É preciso criar um terminal de ônibus em Macaíba, um terminal multimodal, para que os usuários possam utilizar ônibus e trem. Com relação aos carros, sugiro que seja criado um corredor exclusivo para ônibus, pois há uma competição por espaço nas vias e não é justo. A falta de mobilidade afeta a qualidade de vida das pessoas. Esse trabalho é viável e espero que o novo governador tome as providências necessárias”, concluiu.