02/06/2015
O impasse entre o Governo do Estado e os servidores da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), em greve desde a semana passada, foi o tema do pronunciamento do deputado Souza Neto (PHS) na manhã desta terça-feira (2), na sessão ordinária da Assembleia Legislativa. Alunos e professores da instituição estavam presentes na galeria da Casa e também foram recebidos pelos parlamentares.
“Há um movimento orquestrado para desviar o foco do problema financeiro do Estado, atribuindo à UERN a responsabilidade da crise que passa o Governo. A Universidade não está quebrando o Estado e esse intento de colocar a instituição como bode expiatório da crise é inadmissível”, disse Souza.
O parlamentar ressaltou a importância da Universidade para o Estado do Rio Grande do Norte, com 10.970 alunos e campus espalhados por diversas regiões do Estado. “A UERN transforma vidas, forma profissionais e dissemina o conhecimento”, completou Souza.
Em apartes, os deputados Getúlio Rego (DEM), Márcia Maia (PSB), George Soares (PR) e Carlos Augusto Maia (PTdoB) se somaram ao pronunciamento de Souza Neto. Fernando Mineiro (PT) disse que o Governo enviou uma nota dizendo que não tem condição de dar reajuste salarial e que a Assembleia deverá receber uma comissão da Universidade. “Devemos intermediar essa situação. Dizer que a UERN é responsável pela crise, é não conhecer as finanças do Estado e nem a UERN”, disse Mineiro.
O deputado Nélter Queiroz (PMDB) levantou a importância da discussão sobre a federalização da UERN. Para ele, o custeio da instituição de ensino superior é de responsabilidade do Governo Federal. “O Governo do Estado não tem recursos para melhorias das estradas, que é de responsabilidade dele. Por que não entregar a UERN para o Governo Federal? Eu sou a favor da UERN, mas acredito que o Governo do Estado não tenha como bancar a instituição”, disse ele.
Souza Neto encerrou a discussão lembrando os recursos que o Governo do Estado paga pela parceria para a construção da Arena das Dunas, que segundo ele também não é de sua competência. “Será que é mais importante do que manter a UERN, que transforma vidas?”, questionou ele.