Atender bem é atender a todos! Para a policial da segurança privada da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN), o curso trouxe um crescimento excepcional para todos os participantes. “Uma excelente iniciativa da Escola da ALRN (EALRN) para a gente, não só da área da segurança, ter um contexto melhor de cada vez se superar, principalmente na questão da inclusão, tema tão importante nos dias de hoje. Saber atender, abordar, e respeitar o espaço dos Portadores com Deficiência – os PCDs”, afirmou a policial.

O 1º sargento da Polícia Militar, à disposição da ALRN, Franklin Mesquita também avaliou o treinamento como de excelência, considerando o aprendizado muito importante. “A partir de agora vou passar a observar mais, a dar uma atenção maior às pessoas que vêm aqui, principalmente na questão do capacitismo, com um olhar diferenciado”, disse Franklin.

Assim como Daiane e Franklin, outras dezenas de participantes entre servidores e a comunidade e geral tiveram o mesmo sentimento. Ofertado, gratuitamente, pela EALRN, o curso de ‘Atendimento ao Público e Inclusão’, ministrado pelo professor Flávio Emílio, se destacou por sua abordagem contemporânea e inclusiva, fornecendo o treinamento convencional de atendimento, trazendo um viés inovador que prioriza a acessibilidade, a inclusão e o combate ao capacitismo.

Flávio Emílio ressalta que a aula não se limita apenas a ensinar técnicas de atendimento. O foco está em qualificar os participantes para compreenderem e atenderem as diversas necessidades de todas as pessoas, especialmente aquelas com deficiência. "O objetivo é proporcionar condições para que o cidadão tenha acesso pleno, sem exclusão. Todos têm necessidades e merecem ser acolhidos com dignidade e respeito", afirma o professor.

A proposta foi tornar o atendimento mais humanizado, integrando comunicação eficaz, empatia e valorização das diferenças. Essa abordagem tem atraído não apenas servidores do Poder Legislativo Estadual, mas também profissionais de outras instâncias públicas e membros da sociedade civil, enriquecendo a troca de experiências e ampliando a visão de um atendimento de qualidade.

“Uma das metas principais foi estimular a autoconfiança e a desenvoltura dos participantes, promovendo a comunicação e o engajamento, mesmo entre aqueles que são mais introspectivos”, destaca Flávio. E os resultados foram notáveis: os alunos relatam mudanças significativas em suas práticas profissionais, com feedbacks positivos e avaliações que reforçam o impacto do curso.

O Desafio do Capacitismo

Um dos pilares do curso foi o combate ao capacitismo, preconceito que desvaloriza pessoas com deficiência. Segundo Flávio, essa discriminação ainda é enraizada na sociedade brasileira e precisa ser enfrentada com ações consistentes e educativas. Ele relembra que, apesar da Lei Brasileira de Inclusão ter sido promulgada em 2015, a discussão sobre o tema ainda é muito recente.

O professor também enfatiza a necessidade de conscientização sobre o envelhecimento populacional, que aumenta a demanda por um atendimento inclusivo e preparado. “Estamos vivendo um momento em que a inclusão não é mais uma escolha, mas uma necessidade. Precisamos mudar mentalidades, tanto nos ambientes de trabalho quanto nos meios de comunicação, escolas e universidades.”

Humanização como diferencial

Para Flávio Emílio, o segredo de um atendimento de excelência está na humanização. "As pessoas não são números, matrículas ou estatísticas. São seres humanos com histórias, desejos e necessidades. Entender isso e fazer uma abordagem mais compreensiva e acolhedora é o grande diferencial de um atendimento de alto nível”, concluiu.

O curso, que tem sido uma grata surpresa nesse final de ano, refletiu o compromisso da Escola da Assembleia em preparar profissionais para os desafios do presente e do futuro, promovendo uma sociedade mais justa e inclusiva. Um passo essencial para transformar o atendimento ao público em um verdadeiro ato de cidadania.