Selo Unale
Potengi: com capacidade de abastecimento esgotada, população reivindica medidas urgentes

22/05/2012

 

Uma comissão formada por representantes dos onze municípios da região Potengi, integrada por prefeitos, vereadores, trabalhadores rurais, colegiado do território Potengi e pela Assembleia Legislativa, foi uma das principais deliberações da Audiência Pública encerrada há pouco (22) para discutir a problemática no abastecimento da região.
O objetivo maior desta comissão é cobrar e acompanhar a continuidade das ações emergenciais e permanentes que estão sendo empreendidas tanto por parte do governo estadual, quanto federal, para sanar o problema da falta de água na região, que se agravou ainda mais com a seca.  “É preciso tratar  essa questão de forma mais estrutural, do ponto de vista do planejamento das ações. Saber qual é o plano que a Secretaria de Recursos Hídricos tem para a região. Vamos retomar a bandeira de Monsenhor Expedito”, disse o deputado Fernando Mineiro (PT), propositor do debate.
O representante da CAERN, engenheiro Ricardo César Marinho, gerente da regional Natal Norte, que compreende a zona norte da capital e municípios vizinhos, deixou claro que houve um esgotamento da capacidade de abastecimento nas localidades citadas, com o grande aumento de demanda, que saiu de 30 para 300 comunidades, representando um salto de 123 mil para mais de 313 mil moradores atendidos. O gerente disse que uma das iniciativas da companhia para minimizar o problema está em curso, com a construção de seis poços tubulares cuja previsão é estarem concluídos até o final deste ano.
Os problemas não poderiam ser outros: falta de água para consumo humano e animal nas cidades de São Paulo do Potengi, São Pedro, São Tomé, Santa Maria, Bom Jesus,  Riachuelo, Ielmo Marinho, Barcelona, Senador Eloi de Souza, Lagoa de Velhos e Ruy Barbosa.
A representante da Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Riachuelo, Josana, citou o caso de uma comunidade, Serra da Formiga, onde residem 80 famílias, uma média de 400 pessoas, que moram num alto de difícil acesso e a própria cisterna construída pelo sindicato já secou.
O vice-prefeito de São Tomé, Miguel Salustiano de Lima, representando os gestores da região, fez um desabafo: “Vou sair desta audiência mais preocupado do que entrei, pois para mim é público e notório que a adutora de São Expedito passa por um processo de esgotamento. Nossos rebanhos estão sendo dizimados. Temos cemitérios de gado em São Tomé”, disse.
A Professora Graça Ribeiro, membro da comissão recém-formada, traçou um histórico da luta do Monsenhor Expedito em defesa da água para a região e fez um alerta: “Há mais de dez anos que não chega água em várias comunidades”.

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