Selo Unale
CPI do Tráfico de Pessoas, do Senado Federal, faz audiência pública na Assembleia Legislativa na próxima segunda-feira (28)

23/05/2012


Um dos crimes mais lucrativos, o tráfico de pessoas gera bilhões de dólares e se aproxima do tráfico de drogas e contrabando de armas em todo o mundo. Para discutir em audiência pública essa problemática que atinge o Brasil, a Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o Tráfico Nacional e Internacional de Pessoas (CPI do Tráfico de Pessoas) do Senado Federal, estará na Assembleia Legislativa, na próxima segunda-feira (28), a partir das 9h no auditório Robinson. A CPI do Tráfico de Pessoas tem como vice-presidente o senador Paulo Davim (PV-RN). Além dele, estarão presentes a presidente da CPI, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e a relatora, a senadora Lídice da Mata.
 
Foram convidados também para participar das discussões, a governadora Rosalba Ciarlini e agentes públicos que trabalham em órgãos relacionados a essa temática, além de entidades da sociedade civil organizada e parlamentares da bancada estadual e federal. "Um professor meu costumava dizer que só se descobre uma patologia em um paciente quando conhecemos previamente essa patologia. Trazendo essa analogia para a questão do tráfico da pessoa humana, a CPI do Tráfico de Pessoas quer levantar o maior número possível de informações, de modo que através do conhecimento e do levantamento de dados, possamos combater esse tipo de crime. Inclusive, na audiência pretendemos também sugerir formas de enfrentamento desse fenômeno”, disse o senador Paulo Davim.
 
Embora não existam muitos dados oficiais e atuais acerca do fenômeno do tráfico da pessoa humana, a última e mais recente pesquisa relacionada ao tema, a Pestraf 2002, coloca o Rio Grande do Norte como um dos estados que têm rota do tráfico, seja para o território brasileiro, seja para outros países, sobretudo para a Europa. O Brasil é um dos maiores "exportadores" de mulheres escravas da América do Sul. Segundo dados do Ministério da Justiça, anualmente, cerca de 60 mil brasileiros são levados do país à força, sob ameaça ou enganados quanto à verdadeira razão do deslocamento. Jovens entre 15 e 25 anos são o principal alvo de aliciadores, seja para o tráfico transnacional ou interno. O Escritório das Nações Unidas (UNODC), no entanto, estima que sejam 100 mil pessoas.

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