O deputado Sandro Pimental (PSOL) reforçou, na sessão desta quarta-feira (11), a insatisfação por não conseguir assinaturas suficientes para apresentar emenda à PEC da reforma da Previdência, garantindo aposentadoria especial a mulheres que trabalham na Saúde. Para Pimentel, as mulheres que trabalham em situações insalubres, com o novo modelo de Previdência perderão o exemplo de aposentadoria existente hoje.

“Estou assustado porque não estou conseguindo assinaturas”, disse Sandro, chamando atenção, inclusive, das deputadas da Casa, e lembrando a necessidade de 8 assinaturas para apresentação de emenda, conforme prevê o regimento.

O parlamentar ainda usou seu tempo como orador da sessão para lamentar o ataque do jornalista e advogado Gustavo Negreiros, no programa que participa em uma rádio de Natal, à memória da vereadora assassinada Marielle Franco. “Ele chamou Marielle de miliciana, olhe só a gravidade”, disse o deputado, lembrando que Negreiros já fez ataques à ativista sueca Greta Thunberg. “Mais uma mulher atacada por ele, que depois se desculpou, saiu dos programas e voltou. Eu entendi que ele tinha aprendido a lição”, afirmou Sandro Pimentel.

Segundo o deputado, uma desembargadora do Rio de Janeiro chamou Marielle de miliciana e hoje responde a processo. “Essa situação aqui não vai ficar por isso mesmo, nem poderia”, declarou Pimentel, afirmando que a família da vereadora assassinada já havia tomado conhecimento do ataque feito pelo jornalista do Rio Grande do Norte. “Toda acusação tem que ter prova”, disse Sandro, sugerindo que o apresentador use o programa de rádio nesta quarta-feira para se retratar. “Ele não atingiu apenas o PSOL, mas todas as mulheres de bem e de paz, com essa afirmativa leviana e criminosa”, concluiu Sandro Pimentel.