Selo Unale
Zé Barros encerra primeiro semestre do AL Cultural no autêntico ritmo nordestino

19/06/2013

 A larga experiência nos palcos do Nordeste, cantando em festas, bailes e serestas não diminuiu a emoção que o cantor Zé Barros confessava minutos antes de subir ao palco na 85ª edição do projeto Assembleia Cultural. Com seu estilo eclético, fez o palco do Salão de Eventos da ALRN virar um verdadeiro dancing que em poucos minutos ficou lotado de casais embalados ao ritmo do xote, xaxado e baião.

Nascido José de Souza Barros, o artista e sua banda integram estatísticas que revelam o alcance e a longevidade do projeto, criado no ano de 2003 e que a cada edição vem se consolidando e conquistando mais fãs. Em dez anos formou um público assíduo que comparece mensalmente à sede da ALRN para prestigiar a prata da casa. Já são cerca de 700 apresentações, contabilizando-se os cantores, músicos, atores de grupos teatrais e dançarinos, segundo números do Cerimonial da Casa, setor que coordena o projeto. A atração de agosto já está anunciada: será o cantor Fernando Luiz.
           
Festa junina
Em tempos de forró elétrico, os fãs do autêntico pé de serra tiveram no repertório do veterano Zé Barros, 57 anos, um presente para os ouvidos. Músicas autorais e de outros representantes da autêntica música nordestina literalmente botaram o povo para “arrastar o chinelo no chão” no salão de festas e relembravam as festas juninas de décadas passadas.
Esse é o ritmo que desde criança passou apreciar e com o qual a partir da adolescência se apresentava nas festas, bailes e serestas. Nascido  em Campina Grande, na Paraíba, o artista reside em Natal desde a infância e foi na capital potiguar que iniciou sua carreira artística. Sua filha Juliane Barros é backing vocal e acompanha o pai em todas as apresentações. “Esse projeto é grandioso e um incentivo para nós artistas. Inclusive porque acontece na Casa do Povo”, disse.
Zé Barros toca violão e segundo ele, praticamente “todos os instrumentos”. Mas na década de 80 foi acometido por uma retinose pigmentar e apesar de ter perdido a visão, intensificou ainda mais a paixão pela vida e pela música nordestina. Foi se aprimorando ainda mais como compositor, passou a ser reconhecido em todo o Nordeste e teve diversas músicas gravadas por bandas de renome no gênero, como a Boneca de Pano.
Quadrilha estilizada
Na segunda parte da programação, a quadrilha estilizada Dança Nordeste mostrou para os que não a conheciam, o porquê de ter sido campeã em vários festivais. Formado há 13 anos, inicialmente com adolescentes do Bairro Nordeste, o grupo atualmente conta com integrantes de outros Estados.
Já se apresentou em Brasília, Fortaleza e Recife e em 2010 ganhou o festival Quatrocentão do SBT e foi vice-campea do festival de quadrilhas estilizadas da Intertv Cabugi. A bela apresentação no palco do AL Cultural foi uma demonstração do preparo que está sendo feito para conquistar novos troféus este ano. 

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