Boa parte dos principais impasses do Hospital Regional do Seridó, em Caicó, terão solução a curto prazo, como ficou definido em reunião conduzida hoje (17) pelo presidente da ALRN, deputado Ricardo Motta, com a presença do prefeito Roberto Germano, de gestores do RN e do município, da bancada médica da ALRN – deputados Vivaldo Costa, Leonardo Nogueira e Getúlio Rêgo – e do deputado Nelter Queiroz, da região.
O pagamento dos quatro meses atrasados aos médicos plantonistas ficou assegurado pelo secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Fonseca. Ele garantiu que até o final desta semana será liberado o pagamento referente a dois meses, cerca de R$ 170 mil. O processo está tramitando na Controladoria Geral (Control RN) e caso não haja novas diligências, dentro de três dias estará concluído. Luiz Roberto assegurou também que até outubro deverão ser pagos os dois meses restantes.
A segunda reivindicação diz respeito à criação de um organograma de cargos e funções, para que sejam feitos ajustes na remuneração do corpo profissional da unidade hospitalar. Esta pauta, no entanto, levará um tempo maior para que seja solucionada. Luiz Roberto explicou que o problema não é só do Hospital Regional de Caicó, mas é generalizado em todo o Estado.
Mas a Sesap já está elaborando um organograma com definição de funções e remunerações, que será enviado à Assembleia Legislativa para votação antes do recesso parlamentar. É que em muitos casos, a diretoria das unidades, com o aval da própria Secretaria de Saúde, precisam recorrer ao sistema de plantão para remunerar outros profissionais, uma vez que os cargos não existem oficialmente. “Temos esse problema em todas as unidades e muitas vezes a diretoria do hospital tem que incluir plantões que não são dados para realizar o pagamento de alguns servidores. Mas com o organograma que estamos elaborando e que será enviado à Assembleia, esse problema será resolvido”, disse o secretário.
“Estamos aqui porque fomos procurados para intermediar essa questão e queremos saber até onde a Assembleia pode colaborar com a resolução desse problema que aflige não só a população de Caicó, mas da região”, disse o presidente da ALRN.
Terreno
O terceiro item da pauta de reivindicações – a questão do terreno onde foi construído o hospital – no entanto, é um dos mais complexos de se equalizar. O hospital, antes pertencente à Funasa, foi doado em 2011 ao governo estadual, mas o terreno pertence ao Atlético Clube Corinthians e por esse motivo não pode receber recursos e nem ser reformado.
Na reunião, ficou acordado que uma equipe do governo irá procurar os proprietários do terreno a fim de fazer uma negociação e regularizar esta pendência. Caso vá ser comprado, será necessário uma avaliação.
Ele é o único dos 13 hospitais regionais do RN que não está em reforma, mesmo tendo recursos assegurados. “Temos R$ um milhão assegurados e R$ 400 mil governo federal. A reforma já esta para estar finalizada, mas esbarra no terreno”, disse.
O problema do hospital de Caicó é tão complexo, que recentemente o a unidade recebeu uma autoclave nova, mas ainda não foi instalada porque precisa de uma reestruturação no sistema elétrico.
