Selo Unale
Hanna Safieh é o novo cidadão norte-rio-grandense

29/11/2013

            A Assembleia Legislativa concedeu ao palestino Hanna Safieh, natural de Jerusalém, o título de cidadão norte-rio-grandense. Bastante prestigiada, a solenidade foi realizada esta manhã (28), numa homenagem de iniciativa do deputado Gustavo Fernandes (PMDB).

            Fundador da Confederação Palestina da América Latina e Caribe (COPLAC), associação que agrupa e representa os latino-americanos e caribenhos de origem palestina, Hanna Safieh presidiu a confederação de 1986 a 1993 e desde então é secretário-geral da entidade.
O novo cidadão potiguar é atualmente diretor técnico comercial da Companhia Docas do RN (Codern) e também professor aposentado da UFRN, onde fundou o Instituto de Química, que posteriormente virou Departamento de Química da universidade.
            O autor da homenagem, Gustavo Fernandes, destacou seus relevantes serviços prestados ao Rio Grande do Norte em todos os setores onde atua: no ensino, turismo, agricultura e carcinicultura.
            Bastante emocionado, Hanna Safieh fez um pronunciamento onde lembrou passagens da revolução palestina, da qual participou juntamente com sua família e do encontro que mudaria sua vida, no ano de 1964, com sua esposa, com quem partilha a ideia de uma atividade científica de cunho social.
“Qualquer trabalho tem que ter também o valor social e contribuir com a evolução da sociedade. Nos envolvemos com a revolução palestina, mas sempre sabendo que a educação é a arma principal para o povo se reerguer. Aqui fui recebido com muito carinho e em nenhum momento me senti estrangeiro”, disse.
Hanna Safieh foi enfático a defender programas de inclusão e investimentos na educação: “Aprendi uma coisa muito importante: a exclusão social tem que ser combatida de qualquer maneira. Não pode ser solucionada simplesmente com boas intenções. Tem que ser combatida por um programa de governo, que por sua vez tem que fazer parte absolutamente uma política pública. Os políticos tem que se interessar em fazer programas sérios, porque a exclusão social é uma coisa extremamente desastrosa. O segundo princípio que defendo é a importância da educação”, disse.
O empresário deixou um recado para os homens públicos: “Temos que investir na juventude e para isso o caminho e a educação e a criação de infra-estrutura”, afirmou referindo-se à necessidade do RN ter condições para o escoamento de sua produção e potencial energético. “Precisamos das linhas de transmissão para criar núcleos de produção e para isso montar a infra-estrutura para escoamento da produção. Esse é o dever do estado e nosso empresariado estará com certeza pronto”.

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