A deputada estadual Isolda Dantas (PT) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (5), para tratar dos impactos da estiagem e das políticas públicas de convivência com o semiárido. A parlamentar destacou que o Rio Grande do Norte vive sob a influência direta da seca, mas ressaltou os avanços obtidos nas últimas décadas com programas que garantem melhores condições de vida ao homem e à mulher do campo.

“Vivemos numa região semiárida e é importante termos consciência disso. O povo sertanejo aprendeu a conviver com a seca graças a um conjunto de políticas públicas implantadas ao longo dos anos, como as cisternas de placa e calçadão, as barragens subterrâneas e os grandes reservatórios de água”, afirmou Isolda.

A deputada relatou que tem mantido diálogo com prefeitos e vereadores de Upanema sobre a ampliação da vazão da Barragem de Umari, que pereniza o Rio Upanema e é essencial para a produção agrícola da região. “A água liberada recentemente não foi suficiente para chegar até Mossoró, e muitos produtores estão enfrentando dificuldades para manter suas hortaliças”, alertou. Segundo ela, o secretário estadual de Recursos Hídricos, Paulo Varela, está avaliando medidas para aumentar a liberação de água, que hoje irriga cerca de 4 mil hectares, mas ainda não alcança todas as áreas afetadas pela escassez hídrica.

Isolda também anunciou o início da 3ª Feira da Agricultura Familiar e da Economia Solidária, evento que valoriza a produção rural potiguar. “É um verdadeiro espetáculo de cidadania e sustentabilidade. O RN é pioneiro em políticas de distribuição de alimentos e mecanização da agricultura familiar”, afirmou.

A parlamentar destacou ainda a parceria entre o Brasil e a China, que possibilitou a instalação de um centro de testagem de maquinário agrícola em Apodi. Segundo ela, o objetivo é produzir tecnologia e equipamentos no próprio Estado, reduzindo o esforço do trabalhador rural e fortalecendo a produção de alimentos saudáveis e sem agrotóxicos. “Queremos nossa tecnologia produzida aqui, para que as famílias agricultoras vivam com dignidade e alimentação de qualidade”, concluiu.