Por iniciativa da deputada Márcia Maia (PSB), a Assembleia Legislativa (ALRN) concedeu dois títulos de cidadania: Djair Oliveira, vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis RN (Sinpol), pernambucano de Gravatá e Ivênio Hermes, nascido em Belém do Pará e especialista em políticas e gestão em segurança pública, são os novos cidadãos potiguares.

Márcia Maia iniciou seu pronunciamento questionado o que tem sido feito para transformar a realidade do povo potiguar, que vem convivendo com o aumento do número de homicídios. A parlamentar disse que além do aumento crescente da criminalidade, o povo potiguar está vivenciando uma realidade onde a violação de direitos contra idosos, mulheres e de maus tratos a crianças e adolescentes, já virou rotina.

A deputada citou dados revelando que o RN, em agosto, tinha metade do número de mortos na guerra entre palestinos e israelenses e que até semana passada, mais de 1.600 potiguares já tinha morrido vítimas de assassinato. “Aparecemos ao longo do ano em diversos rankings de violência, colocando nossa bela capital nas piores posições quando o assunto é a violência homicida. De 2011 até os dias de hoje, tivemos aproximadamente 5450 assassinatos e sequer terminamos o ano”, criticou.

A luta pelo ser humano, a batalha por um mundo melhor, pela igualdade de oportunidades e pela paz foram destacados pela parlamentar para a concessão dos títulos de cidadania.

História

Djair Oliveira, que também já presidiu o Sinpol, foi mencionado por Márcia Maia como “um homem que faz parte da história da polícia e da segurança pública do Rio Grande do Norte”. A parlamentar elencou sua contribuição, entre outras: defendeu e conquistou pontos essenciais como a retirada de presos de delegacias, aumento do efetivo, abertura de delegacias no interior e na capital, o fortalecimento dos plantões físicos, melhoria na formação dos policiais e elevou através desta formação o nível profissional dos agentes. Também foi responsável pela construção da Lei Orgânica da Policial Civil, do ITEP e o fortalecimento das carreiras dos servidores da segurança pública.

Ivênio Hermes, que reside em Natal desde 2010, já foi Coordenador da Academia de Polícia em Brasília, Instrutor da Senasp, Conselheiro do Conselho Nacional de segurança pública e deu sua contribuição para formação das Forças de Paz que foram para outros países. O policial federal também é escritor, consultor e especialista em segurança pública, engenheiro, arquiteto e sociólogo. Para Márcia Maia, ele “encontrou na análise de dados uma forma de contribuir com a melhoria das políticas públicas após mais de uma dezena de anos de atuação na segurança pública”.