28/04/2010
A Assembleia Legislativa realizou na manhã desta quarta-feira (28) audiência pública para discutir o projeto "Vidas Paralelas", que atua no combate a acidentes de trabalho. Esse projeto é uma iniciativa da Rede Escola Continental em Saúde do Trabalhador, dos ministérios da Saúde e Cultura e da Universidade de Brasília. Nesta quarta-feira, é comemorado o Dia Internacional das Vítimas de Acidentes do Trabalho e de Doenças Profissionais. O debate, proposto pelo deputado Fernando Mineiro, foi realizado no auditório da Assembleia Legislativa. O evento serviu como oportunidade para que o projeto fosse explicado em detalhes para os presentes, no âmbito nacional e estadual. "A saúde do trabalhador é uma questão de política pública coletiva", afirmou o deputado Mineiro durante a audiência. A coordenadora nacional do projeto "Vidas Paralelas", Maria da Graça Hoefel, afirmou que o projeto é uma oportunidade de dar visibilidade à vida dos trabalhadores, a partir do ponto de vista deles próprios. "Eles se tornam sujeitos de sua própria história", declarou a coordenadora. 648 trabalhadores de todo o país trabalham no projeto, que atua no campo da cultura e da saúde do trabalhador brasileiro. A sua realização busca revelar o cotidiano do trabalho pelas lentes de representantes das diferentes categorias de trabalhadores no Brasil. Cada um deles recebeu uma câmera para tirar fotos e fazer vídeos do ambiente de trabalho. Antes disso, os trabalhadores passaram por oficina de três dias, que explicou o modo de utilização das máquinas e como realizar postagens na internet. O material produzido é divulgado na página do projeto (www.cultura.gov.br/vidasparalelas/) e a cada 15 dias os membros se reúnem para discutir o que vem sendo feito. Para participação no projeto, foram selecionadas as 24 categorias trabalhistas que mais se acidentam, segundo o INSS. "Estamos estimulando a construção de uma visão crítica e a criatividade dessas pessoas. A formação de uma rede virtual permite a troca de experiência entre pessoas de todo o país", afirmou a coordenadora Maria da Graça, que explicou que o projeto é um contraponto à idéia de saúde do trabalhador que busca apenas curar o acidentado.