Críticas a convênios e preocupação com greve
23/02/2010
A primeira sessão plenária ordinária do ano foi marcada em pronunciamentos dos deputados de oposição José Dias-PMDB e Leonardo Nogueira-DEM, que criticaram a quantidade de convênios de repasse de recursos do governo do Estado para os municípios e a falta de providências para a solução da greve dos profissionais da Saúde.
'É um atentado à democracia. A governadora está criando dificuldades para a próxima administração com essas liberalidades que não vai ter como pagar. Isso é uma forma vergonhosa, gritante e imoral de manipular a eleição deste ano. É uma situação absolutamente anômala', afirmou o deputado José Dias estranhando que só no primeiro dia de sessão foram lidos 50 convênios com o comprometimento do orçamento.
O líder do PMDB também chamou a atenção para duas publicações no Diário Oficial do Estado. A primeira no dia 30 de janeiro último, com o boletim do extrato do terceiro quadrimestre do ano passado com gastos de R$ 1 bilhão 980 milhões com pessoal. Outra publicação desse mesmo boletim no dia 4 de fevereiro eleva esse valor para R$ 2 bilhões 974 milhões. 'É preciso que se explique isso. Na publicação do dia 4 de fevereiro não fazia nenhuma referência que teria havido erro na primeira', afirmou.
José Dias falou ainda sobre o expediente encaminhado pelo governo do Estado explicando as razões dos vetos às emendas apresentadas pelos deputados ao Orçamento Geral. Segundo ele 'é uma carta enigmática'.
Já o deputado Leonardo Nogueira – DEM manifestou em plenário a sua preocupação com mais uma greve do setor de Saúde. Disse que todo ano isso acontece e não se encontra uma solução. 'O pessoal está apenas reivindicando o cumprimento de um acordo feito anteriormente. Essa é uma greve nefasta. Apelo à governadora para que abra o diálogo com o pessoal da Saúde', disse.
O deputado Fernando Mineiro-PT, como terceiro orador inscrito no Grande Expediente falou sobre a importância do congresso do PT realizado recentemente em Brasília. Ele considerou importante não só para o PT como para os outros partidos e a sociedade.