Selo Unale
Assembleia discute sistema sócio-educativo do RN

14/12/2009

O sistema sócio-educativo do Rio Grande do Norte foi debatido na manhã desta segunda-feira (14) na Assembleia Legislativa. Em audiência pública proposta pela deputada Márcia Maia, foram discutidas medidas para melhorar a socialização de jovens infratores. Na ocasião, foi anunciado o financiamento para a reforma e construção de núcleos de atendimento ao adolescente infrator. A deputada Márcia Maia, presidente da Frente Parlamentar da Criança e do Adolescente, falou sobre a importância do sistema sócio-educativo, responsável pela inclusão social de adolescentes infratores. A parlamentar elogiou a presença de jovens na audiência, entre eles alguns membros do Parlamento Mirim, projeto da Assembleia Legislativa em que adolescentes simulam o trabalho dos deputados estaduais. “É excelente ver o nível de comprometimento dos adolescentes no exercício da cidadania. Precisamos estimular o protagonismo juvenil, e oferecer aos jovens a oportunidade de crescer, para inclusive, reduzir a necessidade do próprio uso do sistema sócio-educativo”, declarou Márcia Maia. Membros do Ministério Público explicaram aos presentes a situação do sistema no estado. O promotor da Infância e da Juventude, Sasha Alves, falou sobre o papel fiscalizador do Ministério Público. “Nosso trabalho vai muito além da fiscalização dos Ceducs (Centros Educacionais). Precisa-se chegar aos municípios, famílias e a sociedade em geral”, apontou o promotor, que lamentou o fato de que muitos jovens acabam pagando pelas infrações com a própria vida. A promotora de Parnamirim, Isabelita Garcia lembrou a importância da realização de atividades continuadas dentro dos Centros, para promover a reeducação desses jovens. “É preciso garantir que os jovens tenham a oportunidade de serem incluídos na sociedade, na família, com uma perspectiva de vida e futuro”, afirmou. Apesar de estar longe do ideal, o sistema sócio-educativo do estado apresentou melhoras nos últimos anos, segundo a diretora da Fundação da Criança e do Adolescente do RN, Patrícia Cordeiro. Ela destacou o aumento do número de atendimentos, que chega a 214 jovens por mês. “Ainda temos deficiências sim, principalmente no que concerne aos espaços, mas recebemos a boa notícia de que foi aprovado um financiamento para reforma das unidades, além da construção de núcleos de atendimento na Grande Natal”, disse.

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