O institucional do governo do Estado, que está sendo veiculado pela televisão desde a terça feira à noite, colocando a culpa nos deputados pelo atraso no pagamento do Programa do Leite, por causa da demora na votação do aumento do percentual de remanejamento de verbas do orçamento, teve reação dos deputados da bancada de oposição, na sessão plenária desta tarde. O deputado José Dias, líder do PMDB, que pediu vista da matéria na Comissão de Finanças e Fiscalização, considerou a nota governamental como uma "atitude vergonhosa e antidemocrática, utilizando o dinheiro público. A nota é mentirosa e o governo gasta dinheiro que poderia pagar o leite das crianças". José Dias mostrou mais uma vez a página 200 da edição do Diário Oficial do Estado de fevereiro deste ano, com recursos de 74 milhões de reais destinados ao Programa do Leite. Segundo o deputado, se anularam esses recursos é uma barbaridade. "Estão formando uma nova capitania hereditária. Os recursos estão na Sethas e agora querem repassar para a Emater". José Dias afirmou que a propagando não lhe atinge em nada, mas não pode ficar silente porque o governo não está respeitando o poder Legislativo. "Que diabo fizeram com o orçamento de 7 bilhões e 700 milhões que não tem dinheiro para nada. Parece que o orçamento era um queijo e soltaram as ratazanas em cima dele", afirmou. Em aparte, Getúlio Rêgo - DEM disse que o governo transformou o Programa do Leite em moeda eleitoral. "É uma imoralidade essa propaganda do governo. O governo não paga os produtores de leite por pura maldade", disse. Em seguida o deputado Getúlio Rêgo falou sobre uma informação que recebeu, dando conta que o governo não vai implantar agora em junho os reajustes concedido a várias categorias de servidores estadual, aprovados em leis sancionadas pelo Executivo. "Se os aumentos não forem implantados é mais um calote do governo", disse.