21/02/2020
Com o objetivo de divulgar e garantir os direitos da mulher, a deputada estadual Eudiane Macedo (Republicanos) apresentou um projeto que determina a fixação obrigatória nas Delegacias Especializadas em Defesa da Mulher de cartaz informativo com o conteúdo da lei que dispõe sobre a reserva de vaga de empregos para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar nas empresas prestadoras de serviços junto ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte.
“A taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho ainda é quase 20% inferior à dos homens (52,7% no 4º trimestre de 2018 contra 71,5% deles). O cenário se torna ainda mais cruel quando voltamos nosso olhar para as mulheres em situação de violência doméstica e familiar. Muitas vezes, a mulher não consegue romper com seu próprio ciclo de violência sem que alcance um certo nível de autonomia financeira pois, em muitos casos, elas são totalmente dependentes economicamente de seus parceiros, incluindo assim a moradia e o sustento dos seus filhos”, argumentou.
É nesse contexto que surge a Lei Estadual nº 10.171, de 21 de fevereiro de 2017, para garantir, pela via de uma política de cotas, a participação mínima de mulheres em situação de violência doméstica nas empresas prestadoras de serviços ao Governo.
Outro projeto apresentado pela deputada, dispõe sobre a reserva de vagas para mulheres nas situações acima citadas no programa Pró-Moradia/Viver Melhor e nos demais programas de habitação de interesse social, instituídos pelo Estado do Rio Grande do Norte.
“Se faz urgente e necessária uma atenção especial dos estados e municípios às mulheres em situação de risco social, sobretudo aquelas que sofrem violência doméstica e familiar”, justifica Eudiane Macedo.
De acordo com dados apresentados pela parlamentar, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em setembro de 2019, relata que a cada dois minutos, uma mulher é vítima de violência doméstica no Brasil. Mesmo com o preocupante crescimento dos casos de violência contra a mulher, o governo federal, não destinou verbas e zerou, em 2019, os repasses que poderiam ser usados para proteção às vítimas da violência de gênero no Brasil.