Governo presta contas em Comissão de Finanças e Fiscalização
04/11/2009
A Comissão Permanente de Finanças e Fiscalização se reuniu nesta quarta-feira, 04, com secretários de Estado para o demonstrativo e avaliação das metas fiscais no ano de 2009. O Secretário de Planejamento, Nelson Tavares, apresentou relatório detalhado de como anda a saúde financeira do Estado. O secretário afirmou que as receitas dos dois primeiros quadrimestres de 2009 foram semelhantes ao mesmo período do ano anterior.
No segundo quadrimestre de 2009 as receitas somaram R$ 4,42 bilhões, no ano anterior foram arrecadados R$ 4,18 bilhões. 'Esse dado é ruim por que não representa nem o crescimento mínimo anual da folha de pagamento do Estado. As receitas são parecidas, mas nossos gastos e compromissos são muito maiores', alertou o secretário. A previsão do governo feita em setembro de 2008, e representada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2009, era de receitas superiores a R$ 7,2 bilhões.
A crise econômica mundial afetou fortemente importantes elementos da arrecadação estadual como os royalties e repasses federais. Os royalties foi o assunto do maior debate na Audiência Pública. O governo do Estado teve queda de 50% nos repasses desta indenização: foram R$ 291 milhões em 2008, e apenas R$ 146milhões este ano. Segundo o secretário de Tributação, João Batista Soares, o motivo é a queda do preço do petróleo no mercado internacional, e a valorização do Real. O deputado José Adécio (DEM) cobrou da Petrobras critérios mais claros nos cálculos deste repasse.
Os secretários anunciaram que a relação dívida-receita do governo melhorou. Hoje a dívida de R$ 1,2 bilhão representa 24% das receitas. Os números dos investimentos foram abaixo do esperado, mas segundo a equipe econômica o motivo também foi a crise mundial. Foram investidos este ano R$ 91 milhões, apesar dos números indicarem tendência de alta neste final de ano.
O crescimento da folha de pessoal do ano de 2008 para este ano foi de R$ 300 milhões. A equipe econômica afirmou que cortes de gastos nas secretarias foram adotados para conter as perdas.