Um hospital a serviço do cidadão há cem anos. Foi a partir desta afirmação que o deputado Getúlio Rêgo – DEM fez a homenagem em nome da Assembleia Legislativa na sessão solene realizada nesta quinta-feira em homenagem aos 100 anos de existência do Hospital Universitário Onofre Lopes. Getúlio Rêgo, que foi autor da realização da homenagem, com aprovação unânime dos colegas, fez um histórico do hospital que foi inaugurado em 12 de setembro de 1909, com o nome de hospital de caridade Juvino Barreto. Foi instalado em uma antiga casa de veraneio, funcionando inicialmente com 18 leitos, sob a direção do médico Januário Cicco. Em outubro de 1935 passou a se chamar hospital Miguel Couto e em 1960 assumiu a personalidade de hospital-escola com a sua integração à Universidade Federal do Rio Grande do Norte com o nome de Hospital das Clínicas. Em 1984 mudou de denominação para hospital universitário Onofre Lopes, em homenagem ao criador da UFRN, professor médico Onofre Lopes. 'O Onofre Lopes é um hospital de referência, de onde saíram os grandes profissionais da área médica do Estado. Oferece atendimento à saúde do cidadão do Rio Grande do Norte com profissionais qualificados, detentores e produtores de conhecimentos avançados e atualizados', disse. Em nome da instituição falou o diretor geral médico Ricardo Lagreca. Ele disse que se sentia honrado, tanto quanto devem se sentir todos os seus docentes e funcionários por serem herdeiros de uma tradição de pessoas valorosas que se propuseram à extraordinária tarefa de continuar e fazer prosperar a obra generosa de Januário Cicco. 'Tenho certeza, senhores e senhoras deputados, que a vossa bela atitude é condizente com o zelo e com a extremada consideração que tendes para com as instituições mais venerandas deste Estado e para tudo que diz respeito ao bem estar do nosso povo. O hospital universitário Onofre Lopes é de todos nós e, portanto, todos temos motivos para nos sentir felizes e envaidecidos com as suas conquistas e por ter chegado ao seu centenário perfeitamente adaptado aos desafios deste milênio', afirmou. Ele disse que poucas são as instituições que guardam, a um só tempo, tradição, saber, acolhimento, solidariedade, conhecimento e altruísmo. 'O Onofre Lopes não é apenas um antigo hospital assistencial e que deu guarida ao ensino. É um símbolo de resistência e do caráter de nossa gente, cujas vitórias são obtidas com intenso labor e desvelo e uma tolerância infinita. É também um anjo tutelar de largas asas, que deu guarida aos sofredores de males físicos, oferecendo-lhe abrigo e cuidados médicos em um momento que assistência médica neste Estado ainda tinha ares de medievalismo', disse. Ao final lembrou as enormes realizações, as figuras ilustres de Januário Cicco e Onofre Lopes, 'dois homens indissoluvelmente vinculados à criação do hospital de caridade Juvino Barreto, hoje hospital Onofre Lopes, da Faculdade de Medicina e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Realmente uma obra magnífica, muito própria de homens de excepcional caráter'.