O deputado estadual Ubaldo Fernandes (PSDB) abriu o horário das lideranças na sessão plenária desta quarta-feira (10) com uma prestação de contas do mandato em 2025. Ele destacou que o ano foi o mais produtivo de sua atuação parlamentar, com 64 projetos protocolados, 44 leis sancionadas e 143 requerimentos apresentados. 

Segundo o deputado, as ações contemplaram áreas como saúde, agricultura familiar, infraestrutura, segurança hídrica, proteção animal e mobilidade. Ubaldo também informou que destinou R$ 4,4 milhões em emendas para 34 municípios, reforçando investimentos em serviços essenciais. “O que nos move é a certeza de que a política só tem sentido quando melhora a vida das pessoas”, afirmou ao encerrar o balanço.

Em seguida, a deputada Isolda Dantas (PT) usou o tempo das lideranças para comentar os acontecimentos da véspera na Câmara dos Deputados, onde a votação da chamada dosimetria terminou em confronto e exposição pública da crise política nacional. Por 291 votos a favor e 148 contra, os deputados federais aprovaram o projeto que reduz penas por tipo de condenação, medida que beneficia diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses por tentativa de golpe.

Durante a sessão, um parlamentar foi retirado à força do plenário, episódio que motivou a reação de Isolda. “É inadmissível que um deputado seja agredido e retirado do exercício para o qual a democracia o delegou”, criticou. Para ela, a cena evidencia a profundidade da crise institucional e o avanço da violência nos espaços legislativos.

A deputada também citou o episódio recente em que parlamentares ocuparam a Mesa Diretora da Câmara por mais de 48 horas para travar votações, lembrando que, naquele caso, não houve ação policial nem impedimento ao trabalho da imprensa. “Não podemos achar que aquilo é normal, de forma nenhuma”, afirmou.