Selo Unale
Sessão solene homenageia a Igreja pela Campanha da Fraternidade 2014

21/03/2014

O deputado Hermano Morais (PMDB) destacou nesta sexta feira (21), ao presidir a sessão solene realizada na Assembleia Legislativa sobre a Campanha da Fraternidade 2014, que tem como tema “O Tráfico Humano”, as ações da Igreja em busca da construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

“O objetivo derivado das campanhas da fraternidade é a busca transformadora de uma realidade que atinge, que afeta os cidadãos brasileiros e principalmente a procura por uma sociedade mais justa, solidária e igualitária. Estamos falando em solidariedade, em união de todos para o combate a problemas que nos afetam diretamente, que corroem a sociedade’, afirmou.

Ele frisou que este ano a Campanha da Fraternidade ocupa-se de todos aqueles que são enganados e usados para o tráfico humano, seja de trabalho, de órgãos ou prostituição, registrando que a maioria das pessoas traficadas vive em situação de pobreza e grande vulnerabilidade social. “Nós cristãos não podemos aceitar essa moderna forma de escravidão e desrespeito à dignidade humana”, acrescentou.

Ao agradecer a homenagem do Legislativo, o arcebispo Dom Jaime Vieira disse que a Campanha, com mais de 50 anos lançada no País, vem captando a cada ano os temas que se tornam merecedores de uma atenção mais específica, não só por parte da Igreja, mas, sobretudo da sociedade.

“Estamos diante de um grito do tráfico humano. Temos certeza que nos colocamos diante de um compromisso e o alcance dos frutos de sua discussão atinge a sociedade como um todo. Por isso agradecemos por essa oportunidade. O Rio Grande do Norte é um exemplo emblemático do tráfico humano, com um fato visível e registrado - o desparecimento de crianças do bairro Planalto – e ao mesmo tempo confirma a gravidade do assunto que há tantos anos não se tem conclusão dos inquéritos”, afirmou.

  O coordenador da Campanha no Estado, padre João Maria do Nascimento disse que a sociedade não pode ficar calada diante do quadro do tráfico humano. “Não dá mais para ficar de braços cruzados. Não podemos nos calar, aceitar de forma passiva essa situação. Temos que ir contra essa onda tão perversa que rouba a liberdade das pessoas. Não é só identificar esse crime. É identificar e denunciar. Precisamos exigir leis que verdadeiramente possam castigar quem comete esses crimes”, afirmou.

O senador Paulo Davim, membro da CPI sobre o Tráfico Humano, que fez parte da Mesa Diretora da Sessão, colocou que “essa é oportunidade impar para usarmos como instrumento pedagógico para o enfrentamento desse crime que é de difícil diagnostico. Não temos um Estado preparado para enfrenta-lo. Por isso atua de uma forma sem controle e sem resistência. A Igreja teve grande sensibilidade social ao escolher esse tema. Deposito esperanças nos

frutos que essa Campanha vai produzir para construir instrumentos que possam minimizar esse crime”.

Já o professor Joaquim Farias, representante da governadora do Estado Rosalba Ciarlini disse que “precisamos combater essa neurose que tomou conta da humanidade. Vivemos numa sociedade onde os valores foram invertidos. Nós aprendemos na sociedade em que vivemos que devemos amar as coisas quando devíamos amar as pessoas. Chega de viver numa sociedade pautada pela aparência”.

O representante do Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte, procurador Vitor Manoel Mariz disse que a situação do tráfico humano no Estado não é diferente do que acontece no País “É uma triste realidade, mas muitas pessoas que foram traficadas passam a ser aliciadoras. Apelamos à sociedade para que não feche os olhos para esses crimes”

.Ao final da solenidade, o deputado Hermano Morais entregou uma placa ao Arcebispo dom Jaime e ao padre João Maria, simbolizando o reconhecimento do Legislativo ao esforço da Igreja Católica em favor de uma sociedade mais justa.

 

 

 

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