Assembléia busca soluções para o desabastecimento dos hospitais públicos
03/06/2009
A Assembléia Legislativa realizou na manhã desta quarta-feira (3) uma audiência pública para discutir o problema do desabastecimento dos hospitais públicos do estado. A iniciativa do debate, realizado no auditório Robinson Faria, foi do deputado Paulo Davim, presidente da Comissão de Saúde da Casa. Os deputados Leonardo Nogueira, Getúlio Rêgo e Walter Alves também participaram da reunião.
Paulo Davim afirmou que o desabastecimento dos hospitais públicos tem dois motivos principais: o problema financeiro e o de gestão. Estes problemas causam, entre outras coisas, falta de leitos nos hospitais, de equipamentos para exames, de remédios e até de materiais elementares como esparadrapo, bisturis, luvas e seringas.
'Em alguns casos, se vê pessoas sem capacitação na gestão dos hospitais, e isso não pode acontecer. Outro problema é o financeiro. Os gestores dos hospitais ainda não receberam os recursos prometidos pela Secretaria Estadual de Saúde para comprar remédios e outros materiais', disse o deputado.
O coordenador administrativo da Sesap, Sérgio Teodoro, reconheceu o problema do desabastecimento, mas explicou que a secretaria tem dado celeridade ao caso. 'A Sesap concluiu, do segundo semestre para cá, 88 licitações para compras de materiais. 34 estão sendo concluídas. A previsão é de que no começo de julho o problema do desabastecimento seja sanado', prometeu.
Para o secretário estadual de Assuntos Institucionais, Aluisio Lacerda, a regulamentação da emenda constitucional 29 é uma das soluções para o problema. A emenda garante o acréscimo de R$23 bilhões ao orçamento do SUS, o que desafogaria parte dos problemas na área. O secretário explicou que desde 2000 o projeto de emenda tramita no Congresso Nacional e ainda não foi votado. 'Faço um apelo para que nossos parlamentares federais dêem uma atenção especial a esse tema', disse.
A falta de vontade política também foi uma causa apontada para os diversos problemas da saúde pública. A presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde, Sônia Godeiro, protestou: 'Para trazer a Copa do Mundo para Natal o dinheiro não falta, mas para resolver os problemas da saúde não se tem recursos'.
O deputado Leonardo Nogueira disse que a solução é o poder público tratar a saúde com prioridade: 'A união repassa para a saúde muito menos do que deveria. O estado e os municípios repassam o que está previsto em lei, mas deveria repassar mais, pois saúde é prioridade e a sociedade precisa ser atendida. Priorizar a saúde é a solução'.
Assessoria de Imprensa da AL/RN
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