No segundo painel do Encontro Regional da Unale, no início da tarde desta quinta-feira, 05, na Assembléia Legislativa, o secretário de Infra-Estrutura Hídrica do Ministério da Integração Nacional, João Reis Santana Filho, apresentou um balanço com o andamento das obras da Transposição do São Francisco e os investimentos já realizados até o momento. Ele veio a Natal representando o ministro Geddel Vieira Lima e disse que a previsão é que até o ano de 2010 as obras do Eixo Leste já estejam concluídas. Esse eixo é o que beneficiará parte do sertão e das regiões agreste de Pernambuco e da Paraíba. Com relação ao Rio Grande do Norte, o secretário afirmou que as obras serão iniciadas em 2011, pelo Rio Piranhas, e a conclusão de toda a obra de transposição está prevista para 2012. A última fase no RN, em 2012, será em Pau dos Ferros. Para aqueles que torcem contra ou estão céticos quanto ao sucesso e concretização do projeto, seu recado foi claro: 'Um governo que gasta mais de R$ 3,2 bilhões com obras e serviços contratados não está brincando de fazer obra. A transposição é irreversível', disse. Esse montante já investido pelo governo federal corresponde a 56,25% do orçamento previsto, de um total de R$ 5,5 bilhões. João Reis disse que no tocante à parte de engenharia, tudo está caminhando bem e conforme o previsto: 'As obras de revitalização do rio, iniciadas em março de 2007, também estão sendo decisivas para o projeto', afirmou. Nos estados de Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Pernambuco e Alagoas o governo está executando um trabalho de esgotamento sanitário em mais de 100 municípios. Acrescentou que em 2004, nos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco, foi feito o tratamento de resíduo sólido, beneficiando os pescadores e a população da região. Outro dado citado foi o pagamento de R$ 120 milhões somente de ISS para os municípios de Pernambuco e da Paraíba. Nesses estados existem atualmente mais de 3.200 funcionários trabalhando em dois turnos, número que até abril deve ultrapassar os mais de quatro mil funcionários, que para agilizar a obra, irão atua nos três turnos. O representante do Ministério da Integração Nacional afirmou que o governo vem pagando todas as indenizações e que no caso das famílias que optaram por permanecer em suas localidades, estão sendo construídas as vilas produtivas rurais, formadas por casas que, quando concluídas, vão permitir que os assentados, tanto proprietários quanto não proprietários e residentes nas faixas de obras tenham uma melhor qualidade de vida. Ao todo, o Projeto contempla a construção de 18 vilas, beneficiando cerca de 700 famílias. Os que optaram por permanecer nas vilas, equipadas com escola e posto de saúde, recebem uma casa com 90 metros quadrados e quintal. Encerrando a apresentação dos números grandiosos do projeto, João Reis citou como exemplo os 105 mil metros cúbicos de aço utilizados, os mais de um milhão e 400 metros cúbicos de lenha extraídos e o imenso maquinário presente nas obras. Ele também falou sobre o Projeto Básico Ambiental que vem sendo executado, formado por 36 programas ambientais, orçados em cerca de R$ 700 milhões. 'Com esses dados ninguém pode dizer que esse projeto não foi estudado', encerrou.