27/08/2015
A experiência e a política da Alemanha com as fontes de energias renováveis foram os assuntos tratados em audiência pública na Assembleia Legislativa, proposta pelo deputado estadual, George Soares (PR) na manhã desta quinta-feira (27). A importância de buscar alternativas para a produção energética no Brasil, principalmente diante do cenário de seca, recebeu destaque durante a fala do parlamentar.
“É preciso criar outras alternativas. Os reservatórios de todo o país estão abaixo de suas capacidade de armazenamento mínimo de água e o estado de seca só tende a continuar e as energias renováveis é uma delas. Com a energia solar, podemos encontrar alternativas de convívio com a seca, por exemplo”, pontuou.
O professor doutor de economia da Universidade de Steibeis-Berlim e Stutigart, Johannes Muller, falou sobre o pioneirismo alemão na substituição da matriz energética. A meta do governo alemão é que 80% da energia produzida até 2050 venha de fontes renováveis. Atualmente a produção já é de 32%, segundo dados apresentados pelo especialista.
“Apesar das diferenças, Brasil e Alemanha querem energia limpa, renovável, barata e que possa prover o país evitando apagões e gerando segurança na ordem energética. Isso tudo criando empregos e gerando bem estar social. A energia solar polui menos que outras fontes de energia e a posição geográfica do Brasil é ideal para captação desse tipo de energia”, destacou. Johannes Muller ainda pontuou uma série de ações do governo com o intuito de fomentar a produção de energia renovável, entre elas a que estimula todo cidadão a produyzir sua própria energia.
Para o presidente do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado do Rio Grande do Norte (Sescoop/RN), Roberto Coelho, é preciso fazer uma mudança na política de energia do Brasil. “Estamos buscando que o RN tenha consciência que esse potencial que o estado possui seja revertido, buscando empresas para empreender com a energia que podemos captar”, disse.
O prefeito do município de Parazinho, Marcos Antônio de Oliveira, enfatizou a necessidade de políticas de fomento a produção de energia renovável. “Parazinho produz, mas não tem direito de gozar desse potencial. As empresas geram empregos quando chegam, durante a instalação das torres, mas depois fica tudo parado. É preciso que os grupos que vieram investir e ganhar dinheiro no nosso município façam uma compensação econômica”, sugeriu.
A audiência pública contou com a presença do coordenador de desenvolvimento energético da Sedec, Josenilson Dantas; presidente da OCB/SESCOOP RN, Roberto Coelho; superintendente da SESCOOP RN, Sônia Rocha; professor da Universidade de São Paulo, Rubens Yoshida; e do
agente federal do governo alemão, Gertrude Lax Muller, além de empresários.