22/01/2016
Em novembro do ano passado fiz um alerta sobre o desempenho da economia do Rio Grande do Norte, com notícias que não são nada animadoras, através de pronunciamento realizado no plenário da Assembleia Legislativa. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existiu uma queda recorde do varejo do estado no mês de setembro de 2015.
A queda foi de 11,1% nas vendas na comparação com setembro de 2014. Foi a maior retração para um único mês da série histórica iniciada em 2009. Isso significa, segundo matéria publicada pela FECOMÉRCIO, que o comércio varejista potiguar deixou de faturar, na mesma comparação, nada menos que R$ 1,2 bilhão em setembro último.
Esses dados são preocupantes para uma área fundamental da economia estadual, pois o setor de comércio junto com o de serviços, emprega hoje, direta e formalmente aproximadamente 293 mil pessoas e responde por 48% do Produto Interno Bruto (PIB), além de arrecadar 69% do ICMS do Estado potiguar.
Esse é um pequeno retrato da realidade local, que infelizmente segue tendência nacional. Os impactos dessa crise para a economia privada são evidentes. A perspectiva de fechamento de empresas comerciais com o consequente desemprego da mão-de-obra no setor são as facetas mais conhecidas dessa crise.
Sugeri ao Estado aumentar a sua base de arrecadação através da atração de novas atividades econômicas e fomento das que já existem, além de redução das suas despesas. Se a economia privada perecer, as finanças públicas estaduais ficam ameaçadas. Os valores destinados na Lei Orçamentária para as mais variadas finalidades públicas dificilmente serão executados como previstos. Afirmo isso mesmo em tempos de orçamento impositivo, pois sem receitas correspondentes não há como executar as despesas a contento.