22/06/2010
Longe dos temas econômicos e políticos que recheiam os discursos no plenário da Assembleia Legislativa, o novo deputado, médico Salismar Correia, do PHS, tomou posse hoje em sessão solene, realizada antes da ordinária, com um pronunciamento centrado na necessidade de mudanças dos valores, dos conceitos e das atitudes do ser humano.
“Eu acredito na tese de que o ser humano será a maior descoberta do nosso século. Ainda há tempo de investir no homem. O ser humano se encontra em rota de colisão contra ele mesmo. Por isso a nossa pressa. Nos últimos anos realizamos avanços extraordinários no mundo da matéria, sem um correlato investimento na alma e na consciência”, disse.
O deputado Salismar Correia disse ainda que estamos presenciando uma espetacular revolução tecnológica, industrial e econômica, todavia ela é fazia, sem sentido porque é incompleta e se distancia do que realmente tem valor. Segundo ele, interligar o conhecimento ao amor é o principal desafio do momento. “Comungamos com o grandioso pensamento de um sábio que afirmou: o amor é a tecnologia mais sofisticada de todos os universos. Cremos, portanto, que sem amor não é possível reinventar e reencantar nenhum mundo, nenhuma sala de aula. Cremos, também, que o maior ensinamento e a mais eficaz aprendizagem, nessa escola da vida, é ensinar/aprender a mais humana das lições: conjugar o verbo amar”.
Na sessão plenária realizada logo após a posse do novo deputado que assumiu em substituição a Arlindo Dantas, que se licenciou para assumir a secretaria extraordinária para Articulação com o Legislativo e Assuntos de Governo, o único orador inscrito no Grande Expediente foi o deputado Paulo Davim – PV. Ele falou sobre o problema das greves no setor de saúde pública do Estado.
Ele disse que acreditava que os graves problemas da área estavam resolvidos, com a votação da mensagem governamental em março último, concedendo reajuste aos servidores, mas se equivocou.
Paulo Davim disse que o prazo para a implantação do reajuste era 30 deste mês, mas estourou como uma bomba a informação de que a folha de pagamento foi feitas sem o reajuste. Por isso os servidores e os médicos decidiram entrar em greve.
“A greve vai se alastrar por todo o Estado e quem mais vai sofrer é o pobre que necessita dos serviços de saúde pública. A última notícia que se tem é que o governo vai consultar o Tribunal de Contas do Estado para poder se posicionar. A crise está estabelecida mais uma vez”, disse.