13/07/2016
As ações de combate à seca continuam sendo pauta dos pronunciamentos dos deputados estaduais em plenário. Nesta quarta-feira (13) o deputado Gustavo Carvalho (PSDB) propôs que o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD) lidere junto aos nove governadores que sofrem com o desabastecimento de água uma comitiva da região Nordeste para clamar apoio do Governo Federal.
“As ações conjuntas beneficiarão todos os estados. Não podemos mais ficar na passividade. O Governo tem que liderar e abrir um Fórum de debate e palestras e encontrar junto com as instituições e com a Assembleia, a UERN e a Universidade Federal (UFRN) as soluções para o abastecimento no Rio Grande do Norte”, destaca.
Para Gustavo, os recursos só virão para o Rio Grande do Norte através de uma mobilização da bancada nordestina no Executivo. “Temos que ter o governador Robinson liderando uma Frente de Combate à Seca porque a calamidade que isso vem trazendo está prejudicando o norte-riograndense”, alerta.
Gustavo Carvalho detalhou ainda que já destinou duas emendas individuais no valor de R$ 240 mil para essas ações, mas que concorda com a sugestão de Raimundo. “Eu sou a favor de nos unirmos para resolver essa questão”, destaca.
Em aparte, o deputado Raimundo Fernandes (PSDB) comentou a situação e lembrou de exemplos que ele presenciou no Alto Oeste. “Desde que assumimos esse mandato que falo isso: a questão da seca precisa ser uma prioridade. Eu ainda não vi o Governo anunciar que está colocando um centavo num programa de água do Estado. Sempre esperam o Governo Federal”, comenta.
Raimundo relembrou o Programa “Desenvolvimento Solidário” que depois foi modificado para o “RN Sustentável”. “Naquela época a água chegava na zona rural em abundância e todos participavam: a igreja, a Sethas, a Assembleia, a Prefeitura, os sindicatos”, frisa.
Ao final do seu aparte, Raimundo sugeriu o uso da verba das emendas para as ações de combate à seca. “Se o Governo não tem dinheiro, pegue as nossas emendas e transforme em benefício para amenizar esse problema. Que todos nós aloquemos nossas emendas para a questão da falta de água”, sugere.
De acordo com o Departamento Nacional de Obras Contras a Seca (Dnocs), que avalia o volume e o percentual dos reservatórios, o índice médio no Rio Grande do Norte é de apenas 26% do volume de água.
Paralisação de obras
Gustavo Carvalho ainda destacou que as ações não são apenas de combate à seca e sim, as ações de calamidade que elas geram. “Nós demos como sugestão também que enquanto essa situação não melhorar no RN, o Governo devia paralisar todas as obras em andamento – as que não tem como objeto a questão hídrica – pra ver se priorizamos. Não se pode dar importância a obra estruturante que não seja a obra hídrica”, comenta.
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