Selo Unale
Ezequiel: “A Medalha do Mérito eleva quem faz o Rio Grande do Norte melhor”

14/12/2016

Ao saldar os homenageados com as Medalhas do Mérito Legislativo, Social e Cultural, em sessão solene nesta quarta-feira (14), o deputado e presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira de Sousa (PSDB), relembrou que quis apenas ser o clarim da alvorada; o batedor do concerto régio; o arauto que no momento solene eleva a sua voz para falar daqueles que fazem o Rio Grande do Norte melhor.

Ezequiel Ferreira, em seu discurso, enalteceu personalidades que contribuíram para o desenvolvimento do Estado no ano de 2016. Com o Mérito Legislativo: Cláudio Santos, presidente do Tribunal de Justiça do RN; Dom Jaime, arcebispo metropolitano de Natal; Geraldo Melo, ex-governador; Poti Júnior, Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e Pastor Martim Alves, pastor presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no RN. Com o Mérito Social “Maria do Céu Fernandes”: Wilma de Faria, vice-prefeita de Natal. E, com o Mérito Cultural “Câmara Cascudo”: Augusto Maranhão, empresário e historiador; Diógenes da Cunha Lima, advogado e escritor; Flávio Freitas, arquiteto e artista plástico; Pedrinho Mendes, compositor e músico; Ubirajara Galvão (in Memoriam), arquiteto, pintor, ator e cenógrafo.

Durante sua fala na Tribuna do Plenário Clóvis Motta, Ezequiel Ferreira citou os homenageados um a um. Ressaltou o traço qualitativo de suas atividades que ensejaram a investidura do Mérito outorgada pela Casa Legislativa do Rio Grande do Norte.

No caso do desembargador Cláudio Santos, atual presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. Com mais de 30 anos de atividades profissionais ligadas ao Direito, Cláudio Santos é o exemplo de que a justiça é o que impulsiona e direciona a renovação das instituições sociais, mantendo-as vivas e dinâmicas.

Ao peregrino da fé, Dom Jaime Vieira, nos ensina, diariamente, que a fé em Deus não é um ato de convencional que se expressa por um momento em casa e nos templos. É um sentimento de confiança e amor, atuante e permanente, que deve ser praticado, não só nos templos, como no lar, no ambiente de trabalho, no meio da sociedade.

 

“Nada mais justo, então, do que homenagearmos um homem que leva a preciosa semente da palavra de Deus como missão”, disse Ezequiel Ferreira ao se referir ao Pastor Martins Alves da Silva, que, desde 1974, integra o Ministério da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Rio Grande do Norte, exercendo atualmente a presidência.

Ao homenagear Geraldo Melo, Ezequiel Ferreira disse que ele representa dignamente uma classe que cada vez mais deve ser enaltecida: a dos homens públicos honestos. Geraldo José da Câmara Ferreira de Melo acumula muitos anos de serviços prestados ao Rio Grande do Norte e ao Brasil. Como presidente regional do PMDB Potiguar comandou a campanha pelas eleições diretas. Foi eleito governador para o período de 1987 a 1991. Nas eleições de 1994, foi o senador mais votado do Estado.  No Senado, Geraldo Melo foi o primeiro vice-líder do PSDB e ocupou a primeira vice-presidência.

Na seara de grandes homens públicos, o parlamento prestou sua homenagem a Poti Júnior, que – quando prefeito de São Gonçalo do Amarante – recebeu o título de melhor gestor do Brasil, escolhido por uma revista de circulação nacional. Em 2006 foi eleito Deputado Estadual, mandato que desempenhou com correção e por isso foi reeleito em 2010.  Em 2012, Poti Júnior foi o escolhido pela Assembleia Legislativa para ocupar a vaga do Tribunal de Contas do Estado.

A medalha do Mérito Social “Maria do Céu Fernandes” foi criada com o objetivo de agraciar pessoas que tenham se dedicado à causa social.  A agraciada foi a Wilma Maria de Faria, além de toda a trajetória pioneira na política, vez que foi eleita a primeira deputada federal do RN, a primeira prefeita de Natal, e a primeira governadora do Rio Grande do Norte, notabilizou-se por suas obras estruturantes e de cunho social, implantadas em todos os municípios do Estado.

Também foi entregue o Mérito Cultural “Câmara Cascudo”, que se destina ao reconhecimento do trabalho para a manutenção das tradições potiguares e fomento da cultura.

Foi homenageado, in memorian, Ubirajara Galvão, o poeta visual do concreto, que se distanciou do poeta figurativo. Ele representa na estrutura urbana todos esses sentimentos. Mestre da arquitetura, ele foi o responsável por projetos arquitetônicos que entraram para a história urbanística de Natal desde os anos 60. É difícil resistir ao fascínio imediato resultante da apreciação do trabalho de Ubirajara. A obra do arquiteto currais-novense se confunde com a alma da cidade de Natal e do Rio Grande do Norte, de maneira raramente observada na história. O arquiteto concebeu a Escola de Música da UFRN, além de projetos no interior do Rio Grande do Norte, em outros estados e até mesmo em países da América Latina. Ubirajara Galvão, falecido em 2005, foi um arquiteto cuja genialidade da obra não deixa margens para dúvidas em relação à sua contribuição para a arquitetura e o urbanismo; além de ter sido pintor, ator e cenógrafo.

Foi dia de homenagear, também, Augusto Maranhão. Historiador, associado-fundador da Fundação Rampa, e Âncora do Programa “Conversando com Augusto Maranhão”, voltado para a valorização da cultura e história do povo potiguar. Augusto presta enorme serviço à memória histórica do Rio Grande do Norte.

Olhar as cores ao redor e encontrar nelas um mundo de inspiração para transformá-las em arte. É esse o trabalho do artista plástico Flávio Freitas, um dos mais premiados artistas do Rio Grande do Norte. Com formação em arquitetura e música, Flávio atua profissionalmente desde 1998 com ateliê instalado no bairro histórico da Ribeira.

O imortal poeta Diógenes da Cunha Lima, advogado, educador e intelectual, sempre atuou na literatura, e em defesa da cultura potiguar. Autor de vários livros, Diógenes continua em pleno exercício da advocacia, sem deixar de lado uma de suas grandes paixões – a arte de escrever, sendo, inclusive, o atual Presidente da Academia Norte-rio-grandense de Letras. Como disse Gilberto Mendonça Teles, “através de um desejo de perfeição, Diógenes da Cunha Lima ‘recolhe o mel das palavras’, adoça o seu imaginário e, com arte, reduz tudo à linguagem, podendo assim mudar a ‘órbita do planeta’ e abrir para o leitor o espaço encantado de sua poesia”. 

Ao se procurar uma música para definir Natal, certamente ela terá os seguintes versos: “Essa é uma terra de um deus mar/ De um deus mar que vive para o sol/ E esse sol está muito perto daqui / Venha e veja tanto quanto pode se curtir...”. Pedrinho Mendes, cantor e compositor, é um dos principais destaques da música do Rio Grande do Norte. Natural de Parnamirim (RN), iniciou a carreira profissional em 1980 e apresentou suas canções no Brasil e na Itália. Pelo trabalho que desenvolveu ao longo de 35 anos, conquistou o reconhecimento de estrelas da música popular brasileira, como Moraes Moreira, Lenine e Gilberto Gil. Este ano também foi homenageado no festival Música Alimento Da Alma (MADA).

“Uma homenagem é uma expressão ou ato público como mostra de admiração e respeito por alguém”, disse Ezequiel Ferreira salientando que no momento atual vivemos um momento inquietante, em que novos paradigmas de vida se instalam na sociedade, abalando certezas e exigindo reflexão e posicionamento. “Essa transformação social é encarada com estranhamento, curiosidade e, também, como desafio. Globalização, novas estruturas produtivas e revolução tecnológica modificam a forma como nos vemos e como nos relacionamos com os outros e com a realidade que nos cerca. Portanto, cabe a cada um de nós um olhar atento a respeito dos principais temas sociais do presente, refletindo e se posicionando diante dessas questões”, acrescentou.

Para concluir, Ezequiel Ferreira ainda destacou: “O homem se converte à sua grandeza quando se identifica com todos os homens. Os laços humanos são aqueles que aglutinam, pacificam, transportando sentimentos e ações de uns para os outros. Exorcizam egoísmos e vaidades. Daí o sentido de humanidade como benevolência, clemência, compaixão, partilha, solidariedade”.

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