Selo Unale
Zimmerman diz que RN precisa assumir sua vocacao

06/05/2011

            O ex-ministro das Minas e Energia, Márcio Zimmerman, disse que o investimento em energia eólica a grande oportunidade do Rio Grande do Norte melhorar seus indicadores sociais. Márcio Zimmerman foi o primeiro orador na audiência pública que está sendo realizada na Asssembleia Legislativa, por proposição do deputado Walter Alves (PMDB), na manhã desta sexta-feira, 6.

            Zimmerman fez um breve histórico da evolução do setor eólico no país e das dificuldades atuais na geração de energia. Comparando-se com outras realidades, hoje no Brasil, o consumo per capita é muito baixo, de 2.300 Kw/hora, enquanto na Europa esse valor fica entre 6 e 8 mil e nos Estados Unidos, cerca de 13 mil per capita. Para o país chegar a um padrão da África do Sul, precisamos dobrar o consumo.

            O presidente da Casa, deputado Ricardo Motta (PMN) disse que a Assembleia está pronta para auxiliar as ações que o governo e a iniciativa privada irão empreender nessa área.

A audiência tem a participação do ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho; do senador Paulo Davim; deputado federal Henrique Alves; do presidente da FIERN, Flávio Azevedo, do diretor norte-nordeste da ABC Eólica, Pedro Cavalcanti e de Jean Paul Prates, presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais.

Zimmerman afirmou que entre 2006 e 2007 o governo federal realizou leilões para atrair fontes alternativas, e por não haver preços competitivos nem regras, a energia eólica ainda era uma realidade distante. Com os leilões subseqüentes, o setor foi se tornando mais competitivo e o preço do megawatt/hora foi baixando. Em dois anos, caiu de R$ 140 para R$ 130 reais.

Ele disse que o atual ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, teve um papel muito importante na evolução do setor: “Entre alguns técnicos do ministério havia o consenso de que talvez ainda não fosse a hora da eólica e ele insistiu na questão”, disse.

O ex-ministro finalizou sua participação na audiência, incentivando o Rio Grande do Norte a assumir sua vocação de parque eólico, sendo um pólo produtor e exportador da energia limpa e ecologicamente correta para o Brasil: “Entre seus potenciais, o estado já tem o turismo e a energia eólica acaba virando um ponto positivo, principalmente para o mercado eu europeu. E a partir desse potencial, a procura dos empresários para se instalar no estado será um fato natural”, afirmou.

 

 

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