11/12/2017
Os 200 anos do Colégio Marista no mundo e os 86 anos em terras potiguares foram homenageados durante solenidade na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (11). Proposta pelo ex-aluno da congregação e deputado Hermano Morais (PMDB), a sessão solene reuniu gerações de alunos, diretores, coordenadores, professores, colaboradores, deputados e representantes da prefeitura do Natal.
Na abertura da sessão, o presidente da Casa, deputado Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), que também é ex-aluno, destacou a alegria em fazer parte da família Marista. “Sou feliz por estudar em uma instituição que nos formou e orientou para a vida. Continuo amando o colégio e torcendo para que permaneça com esse objetivo de preparar a juventude para o futuro”, declarou ele.
O deputado Hermano Morais disse que a Sessão Solene tem um sentido muito especial e fez um breve histórico sobre o período em que estudou na escola. “Estudei no Marista de Natal da 4ª série até o concluir o Ensino Médio. Foram oito anos inesquecíveis, compondo uma turma exemplar, sobretudo quando se fala em amizade. Amizade verdadeira. Estávamos ali para estudar, lógico. Mas, fortemente unidos, nos divertíamos, praticávamos esportes, apreciávamos a cultura e fortalecíamos os nossos laços, como se cada dia fosse o último de nossas vidas. Numa convivência fraterna, aproveitamos tudo o que a educação Marista nos proporcionava”, discursou Hermano Morais.
O parlamentar ressaltou a importância da formação dos contemporâneos de Colégio Marista. “Passados 38 anos de conclusão do curso, mantemos a nossa amizade, prezamos pela nossa convivência, promovemos encontros divertidos e rezamos juntos, graças ao advento da tecnologia e à nossa benquerença que em nenhum momento se perdeu, mesmo com tantos caminhos diferentes que a vida nos concedeu”.
Hermano Morais agradeceu aos diretores, coordenadores, professores e colaboradores pela missão que desenvolvem e fez um agradecimento especial ao diretor da época em que foi aluno, um dos homenageados na sessão, o Irmão Wellington Mousinho, educador e administrador.
Os deputados e ex-alunos Ricardo Motta (PSB), Larissa Rosado (PSB) e Jacó Jácome (PSD) fizeram questão de registrar o orgulho em fazer parte da família Marista. O deputado Ricardo Motta disse que carrega no sangue a história do colégio e seus filhos também passaram pela congregação. Na ocasião, ele lembrou de sua professora Almira Melo. Larissa Rosado falou sobre o elo da instituição com todos que fazem parte dela. “O Marista traz o sentimento de família e me considero como parte dela. Sou Marista de coração”. Jacó Jácome destacou que o Marista traz uma identidade que não se pode apagar. “O Marista é uma filosofia e estilo de vida”, disse ele.
Jorge Alberto Madruga falou em nome dos homenageados. Ele representou a Família Madruga, uma família tradicional do RN que apostou na educação Marista de tal forma que foi reconhecida e agraciada por ser a única família com 10 filhos matriculados ao mesmo tempo em um único colégio Marista no mundo. Emocionado, ele falou sobre os valores da instituição. “O Marista associa valores como educação, família e religião”, afirmou Jorge Alberto, chamando a atenção dos educadores para combater os excessos provocados pelas novas tecnologias.
Irmão José de Assis Elias de Brito falou em nome da Congregação. Ele é um jovem educador e empreendedor que, por meio de um trabalho inovador, vem conquistando, como atual Diretor, o reconhecimento de todos diante de um excelente resultado à frente do Colégio Santo Antônio Marista. Durante seu discurso, reconheceu e agradeceu a homenagem, além de reafirmar o compromisso da instituição com a família.
“Vivemos em 2017, tempo de graça e compromisso com os 200 anos do instituto Marista. A escola tem a missão de tornar Jesus conhecido e amado entre crianças, adolescentes e jovens. Marcelino Champagnat, fundador do Instituto, gerou uma comunidade de irmãos em defesa da educação e hoje reafirmamos nosso compromisso em formar bons cristãos e cidadãos”, disse Irmão Assis.
Também foram homenageados Antônio Lourenço de Aquino, que começou como um simples colaborador e chegou a ocupar um cargo de destaque na direção do colégio Santo Antônio Marista; Elizabeth Bezerra de Sousa, ou simplesmente Tia Beth, um exemplo de professora dedicada e querida, curada pela intercessão de São Marcelino Champagnat, um milagre que concorreu para sua santificação e Irmão José Getúlio Silveira, um educador missionário Marista que tem a humildade como sua marca.
Instituto Marista
O Instituto Marista nasceu na França, em 1817, fundado pelo Padre José Bento Marcelino Champagnat, que nasceu em 1789 e faleceu precocemente aos 51 anos de idade. O jovem sacerdote se dedicava à catequese, às visitas aos camponeses, à celebração de missas e à convivência fraterna, com crianças, jovens e adultos. Champagnat entendia a educação como meio privilegiado para a formação integral do ser humano e tinha grande devoção à Maria, a quem chamava de “Boa Mãe”.
Os primeiros trabalhos na congregação foram na atuação apostólica e educacional aos jovens do campo, que mais tarde se tornariam Irmãos Maristas. Champagnat ensinou-lhes a leitura, a escrita, a oração e a vivência do Evangelho e os transformou em educadores, comprometidos com a pedagogia, a espiritualidade apostólica e mariana, a missão e às formas de viver como Maristas de Champagnat.
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