26/06/2018
As chuvas recentes contribuem para o abastecimento dos reservatórios estaduais e trazem alento a população castigada pela seca, mas também podem evidenciar problemas estruturais capazes de comprometer a captação das águas. Exemplo parecido é o recente rompimento de um canal da transposição do São Francisco no município de Custódia, em Pernambuco. Atento à essa situação, o presidente da Frente Parlamentar da Água na Assembleia Legislativa, deputado Galeno Torquato (PSD), prevê uma visita em breve às obras da transposição no Rio Grande do Norte.
“Com as últimas chuvas e a expectativa pela chegada das águas do Rio São Francisco ao Rio Grande do Norte, é preciso que o Estado esteja devidamente preparado para receber e distribuir esse recurso sem contratempos. A espera pela água já é muito longa e esse é o momento para vistoriar a estrutura e certificar que os equipamentos hídricos estão prontos para a transposição no RN”, explica Galeno, convocando para o próximo mês a visita da Frente Parlamentar às obras.
No início de junho, o ministro da Integração Nacional, Pádua Andrade, anunciou para outubro desse ano a chegada das águas da transposição ao Estado. Até lá, o Rio Grande do Norte precisa concluir duas obras essenciais: o ramal do Apodi, que depende de recursos na ordem de R$ 2,2 milhões, a serem assegurados por meio de emenda coletiva da bancada federal; e a liberação de verba para a Barragem de Oiticica, que necessita de aporte extra no valor de R$ 238 milhões, resultantes de ações não previstas no projeto inicial.
“Precisamos do empenho máximo da bancada federal potiguar em busca de alternativas que possam assegurar os recursos necessários para a conclusão dessas obras, fundamentais para oferecer, enfim, segurança hídrica ao nosso Estado”, observa o deputado.
No Rio Grande do Norte, as águas do São Francisco chegarão através de dois ramais. Um que vai perenizar o Rio Piranhas/Açu e abastecer a Região Seridó e a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, e outro, o Ramal do Apodi, abastecendo os municípios do Médio e Alto Oeste. Mais de 500 mil pessoas serão beneficiadas com a obra no Estado potiguar.